O que se foi especulando sobre Portugal nos ultimos tempos
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia portuguesa cresça 1,1% este ano. Mas para 2011, aponta para uma travagem a fundo, com uma nova estagnação. Ou seja, um crescimento de 0%. Na sua análise da economia global, o FMI justifica o crescimento zero com o processo de consolidação orçamental e respectivas medidas recessivas mas também com os desequilíbrios orçamentais e de competitividade. O Fundo aponta apenas para quatro contracções económicas este ano na Europa desenvolvida - a vizinha Espanha (-0,3%), Grécia (-4%), Irlanda (-0,3%) e Islândia (-3%) - e três taxas de crescimento inferiores à de Portugal: a Eslovénia com 0,8%, o Chipre com 0,4% e a Noruega com 0,6%. O conjunto da Europa desenvolvida e a Zona Euro deverá crescer 1,7% este ano, o que coloca Portugal a divergir, uma vez mais, da média dos parceiros europeus e com o 8º pior crescimento entre os 16 países. Para 2011, a Europa desenvolvida deverá 1,6% e a Zona Euro 1,5%, o que deixa Portugal ainda mais para trás. No ano que vem só a Grécia continuará a encolher (-2,6%), pelo que Portugal surge com a segunda pior previsão dos 16 países. Mesmo alargando a análise aos países europeus em desenvolvimento, aumentando o número de economias para 25, Portugal continua a ter a segunda pior prestação.
«Limitado pelos desequilíbrios orçamentais e de competitividade, o crescimento na Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, deverá ser muito inferior» à média da Zona Euro, escreve o Fundo.
«Limitado pelos desequilíbrios orçamentais e de competitividade, o crescimento na Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, deverá ser muito inferior» à média da Zona Euro, escreve o Fundo.
O Banco de Portugal (BdP) está mais pessimista em relação à economia portuguesa no próximo ano. No Boletim Económico de Verão ontem divulgado, o banco reviu em alta a estimativa de crescimento de 0,4% para 0,9% este ano mas cortou a projeção do próximo ano de 0,8% para 0,2%. Ou seja, Portugal vai viver em 2011 apenas duas décimas de ponto percentual acima da linha de água. No documento, o banco frisa mesmo que "as atuais projeções têm subjacente uma forte desaceleração da economia portuguesa já a partir do segundo semestre de 2010 e que se acentuará em 2011". Para a desaceleração da economia vão contribuir, entre outras coisas, o esforço de consolidação orçamental que visa levar o défice aos 3% do produto interno bruto em 2012 e o aperto no crédito que condiciona os gastos das famílias e das empresas. O BdP não faz previsões para a taxa de desemprego mas prevê uma quebra no emprego de 1,1% este ano e de 0,3% em 2011, o que aponta para um agravamento da taxa como tem sido sugerido por diversas previsões, incluindo o próprio Governo no Relatório de Orientação da Política Orçamental conhecido na semana passada. A revisão em alta para o crescimento em 2010 está relacionada, explica o BdP, com os resultados melhores que o esperado na primeira metade do ano, embora as perspetivas para o futuro sejam agora menos animadoras. E, na análise aos riscos, o banco sublinha mesmo que é mais provável o crescimento ficar abaixo destas projeções do que acima.
A agência S&P diz que Portugal deve precisar de recorrer ao novo mecanismo de ajuda europeu, em vigor a partir de 2013.
Num artigo publicado a Standard & Poor's antecipa que a economia portuguesa registe uma contracção de 3,2% do PIB entre este ano e o próximo.
"A nossa expectativa é a de que a economia [portuguesa] vai contrair 3,2% em termos cumulativos durante 2011 e 2012, antes de recuperar em 2013", escreve Eileen Zhang, analista da S&P, no estudo "A desalavancagem de Portugal: O que significa para a sustentabilidade da dívida?".
"A contracção do PIB fará com que a missão de estabilizar o rácio défice/PIB seja mais desafiante", lê-se no mesmo documento, onde a S&P revela também que "pressupõe que a economia portuguesa será capaz de se reequilibrar gradualmente ".
"A nossa expectativa é a de que a economia [portuguesa] vai contrair 3,2% em termos cumulativos durante 2011 e 2012, antes de recuperar em 2013", escreve Eileen Zhang, analista da S&P, no estudo "A desalavancagem de Portugal: O que significa para a sustentabilidade da dívida?".
"A contracção do PIB fará com que a missão de estabilizar o rácio défice/PIB seja mais desafiante", lê-se no mesmo documento, onde a S&P revela também que "pressupõe que a economia portuguesa será capaz de se reequilibrar gradualmente ".
Contudo, a agência de 'rating' estima que Portugal precise de recorrer ao fundo permanente de ajuda ao euro, que só entra em vigor em meados de 2013, isto depois de usufruir da ajuda do actual Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), estando actualmente em negociações com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
No mesmo documento, a agência de ‘rating' adianta ainda que tem uma outra projecção para a evolução da economia portuguesa, "um cenário mais negativo, envolvendo uma contracção mais acentuada da economia portuguesa".
"Em ambos os casos, examinamos a provável resposta política e as condições possíveis que consideramos que Portugal tenha de cumprir em 2013 para aceder aos fundos do Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM)", acrescenta.
No mesmo documento, a agência de ‘rating' adianta ainda que tem uma outra projecção para a evolução da economia portuguesa, "um cenário mais negativo, envolvendo uma contracção mais acentuada da economia portuguesa".
"Em ambos os casos, examinamos a provável resposta política e as condições possíveis que consideramos que Portugal tenha de cumprir em 2013 para aceder aos fundos do Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM)", acrescenta.
Défice vai descer "significativamente em 2011"
No mesmo documento, Eileen Zhang prevê que o défice português registe uma forte queda este ano face aos 8,6% registados em 2010.
"Apesar de uma potencial ruptura e atraso no programa de consolidação orçamental como resultado de eleições antecipadas, ainda esperamos que o défice de Portugal baixe significativamente durante 2011", escreve a S&P.
Já a revisão das leis do mercado de trabalho e outras reformas críticas para tornar a economia mais flexível "muito provavelmente só serão implementadas gradualmente". Ao mesmo tempo, a S&P nota que "permanecem as incertezas quanto à continuação da capacidade de financiamento do sector privado no mercado externo".
No mesmo documento, Eileen Zhang prevê que o défice português registe uma forte queda este ano face aos 8,6% registados em 2010.
"Apesar de uma potencial ruptura e atraso no programa de consolidação orçamental como resultado de eleições antecipadas, ainda esperamos que o défice de Portugal baixe significativamente durante 2011", escreve a S&P.
Já a revisão das leis do mercado de trabalho e outras reformas críticas para tornar a economia mais flexível "muito provavelmente só serão implementadas gradualmente". Ao mesmo tempo, a S&P nota que "permanecem as incertezas quanto à continuação da capacidade de financiamento do sector privado no mercado externo".
Actividade económica de Portugal deverá deteriorar-se durante 2011, de acordo com os indicadores avançados da OCDE. O crescimento homólogo da economia é o mais baixo do último ano.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) revelou os indicadores avançados, apontando para uma recuperação da actividade económica nos grandes países para os próximos meses. Contudo, economias como a portuguesa e a espanhola revelaram abrandamento.
Os indicadores avançados foram publicados com base em Novembro, mas dão indicações sobre a evolução da economia nos próximos seis meses.
O indicador apresentado pela OCDE para Portugal teve uma leitura de 100,86 pontos, em Novembro de 2010, o que corresponde a uma queda de 0,31 pontos face ao mês anterior.
Analisando a evolução homóloga, o indicador avançado para Portugal cresceu, em Novembro do ano passado, 2,25 pontos, o que corresponde ao aumento mais reduzido em, pelo menos um ano.
Mas Portugal não está sozinho nesta evolução. Espanha também registou uma descida em termos mensais e um crescimento homólogo muito inferior ao verificados nos primeiros meses de 2010, revelando uma deterioração da recuperação económica.
Entre as grandes economias, a tendência foi de melhorias, como o caso dos EUA, da China, da Rússia, França e Japão. Ainda que o Brasil, por exemplo tenha verificado um abrandamento da actividade económica, em Novembro. Aliás, o Brasil revelou mesmo uma quebra homóloga deste indicador.
Os indicadores avançados foram publicados com base em Novembro, mas dão indicações sobre a evolução da economia nos próximos seis meses.
O indicador apresentado pela OCDE para Portugal teve uma leitura de 100,86 pontos, em Novembro de 2010, o que corresponde a uma queda de 0,31 pontos face ao mês anterior.
Analisando a evolução homóloga, o indicador avançado para Portugal cresceu, em Novembro do ano passado, 2,25 pontos, o que corresponde ao aumento mais reduzido em, pelo menos um ano.
Mas Portugal não está sozinho nesta evolução. Espanha também registou uma descida em termos mensais e um crescimento homólogo muito inferior ao verificados nos primeiros meses de 2010, revelando uma deterioração da recuperação económica.
Entre as grandes economias, a tendência foi de melhorias, como o caso dos EUA, da China, da Rússia, França e Japão. Ainda que o Brasil, por exemplo tenha verificado um abrandamento da actividade económica, em Novembro. Aliás, o Brasil revelou mesmo uma quebra homóloga deste indicador.
O que realmente está a acontecer e a ser feito pelos portugueses
Dados do Boletim mensal da economia Portuguesa N.º 7 julho 2011
Enquadramento Internacional
* Os mercados financeiros internacionais apresentaram uma elevada instabilidade nos meses de junho e julho traduzindo o aumento da incerteza quanto ao ritmo de crescimento futuro da economia mundial; a manutenção do preço elevado das matérias-primas e os receios de contágio para outros países da área do euro, do risco de incumprimento da dívida soberana da Grécia.
* Os indicadores disponíveis para os EUA durante o 2.º trimestre de 2011 indicam um abrandamento da atividade económica e uma deterioração do mercado de trabalho. De facto, os indicadores de confiança dos empresários da indústria e dos serviços diminuíram; a produção industrial desacelerou e as vendas a retalho registaram um crescimento menos forte. Em junho de 2011, a taxa de desemprego subiu para 9,2% e a taxa de inflação homóloga situou-se em 3,5% (3,6% em maio).
* No 2.º trimestre de 2011, o indicador de sentimento económico diminuiu tanto na UE como na AE, devido sobretudo ao agravamento do indicador de confiança dos empresários da indústria transformadora, no caso da AE, e do comércio a retalho, no caso da UE. No conjunto dos meses de abril e maio de 2011, os indicadores quantitativos para a área do euro indicam um abrandamento da produção industrial e das exportações e, uma ligeira quebra das vendas a retalho. Em maio de 2011, a taxa de desemprego estabilizou tanto na AE como na UE, situando-se em 9,9% e em 9,3%, respetivamente. Em junho de 2011, a taxa de inflação homóloga da AE, manteve-se em 2,7% mas, em termos de variação dos últimos 12 meses, aumentou para 2,3% (2,2% em maio).
* Em julho e, até ao dia 20, as taxas de juro a 3 meses prosseguiram o movimento ascendente na área do euro; enquanto diminuíram nos EUA. Em junho, as taxas de juro de longo prazo subiram ligeiramente na AE; enquanto reduziram-se nos EUA, pelo 2.º mês consecutivo, sugerindo a possibilidade de um crescimento económico mais moderado nos próximos anos.
* O preço spot do petróleo Brent subiu em julho, tendo a média do preço do Brent, até ao dia 20 deste mês, registado o valor de 116 USD/bbl (82€/bbl), invertendo a tendência descendente dos dois meses precedentesConjuntura Nacional
* No 2.º trimestre de 2011, registou-se uma deterioração do indicador de clima económico face ao trimestre anterior, continuando a trajetória descendente iniciada na 2.ª metade do ano anterior. Também os indicadores de confiança registaram um agravamento em todos os sectores de atividade.
* Os dados disponíveis para o 2.º trimestre, mostram um agravamento de todas as componentes do investimento.
* No trimestre terminado em maio, os indicadores quantitativos relativos à atividade económica, apresentaram uma evolução menos favorável face ao 1.º trimestre.
* Em junho a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de 3,4%, 0,4 p.p. inferior à do mês anterior e o valor mais baixo verificado este ano. A variação média dos últimos 12 meses do IPC subiu 0,1 p.p. para os 2,9%.
* Até junho, o défice orçamental provisório da Administração Central e da Segurança Social, na ótica da contabilidade pública, foi de 3964 milhões de euros, representando uma melhoria de cerca de 2023 milhões de euros face ao mesmo período de 2010. Este resultado reflete, no essencial, o comportamento do défice global do Estado, o qual se reduziu em 1647 milhões de euros face ao período homólogo, situando-se nos 6151 milhões de euros. Os Serviços e
Fundos Autónomos (SFA) registaram um excedente de 1106 milhões de euros, mais 264 milhões de euros que em idêntico período do ano anterior. O excedente de execução orçamental da Segurança Social, na ótica da contabilidade pública, foi de 1081 milhões de euros, 133 milhões de euros acima do registado no período homólogo.
* No primeiro semestre ano, a execução financeira consolidada provisória do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi de -94,5 milhões de euros, que compara com um défice de 56,8 milhões de euros no período homólogo, refletindo essencialmente o menor valor das transferências recebidas do OE, não compensado integralmente pela redução da despesa.
* Até maio, o excedente orçamental da Administração Regional diminuiu 93 milhões de euros face ao valor registado no primeiro trimestre. Comércio Internacional
* Os resultados preliminares das estatísticas do comércio internacional divulgados para o mês de maio1 apontam para um crescimento homólogo positivo das exportações de mercadorias de 18% nos primeiros 5 meses de 2011, relativamente a igual período de 2010. Por outro lado, as importações de mercadorias cresceram a uma taxa relativamente inferior (10,6%), o que levou a uma recuperação do saldo negativo da balança comercial (fob-cif) de 3,5% (aproximadamente 272 milhões de euros). Ainda neste contexto, as exportações passaram a representar 69,8% das importações, mais 4,4 p.p. face ao período homólogo do ano anterior.
* Entre janeiro e maio de 2011 e excluindo os produtos energéticos, o crescimento das exportações mercadorias manteve-se superior (18,8%) ao do total das exportações e das importações inferior (6,7%) ao do total das importações. A taxa de cobertura das importações pelas exportações de mercadorias atingiu, neste contexto, os 79,2%, mais 8,1 p.p. face a igual período em 2010.
* No último ano a terminar em maio de 2011, as exportações cresceram, em termos homólogos, 16,6% e as importações mantiveram uma variação homóloga positiva inferior à das exportações (10,8%). O défice da balança comercial registou um ligeiro agravamento de 0,7%. Excluindo os produtos energéticos, o saldo negativo da balança comercial recuperou, em termos homólogos, 10,1% dado o maior crescimento das exportações (+16,5%) relativamente ao das importações (8,1%).
* Nos primeiros cinco meses de 2011, todos os grupos de produtos contribuíram positivamente para o crescimento homólogo das exportações de mercadorias, destacando-se o contributo dos grupos “Material de Transporte” (+3,8 p.p.), “Químicos” (+3,4 p.p.) e “Minérios e Metais” (+3,1 p.p.). Também no último ano a terminar em maio de 2011, todos os grupos de produtos contribuíram positivamente para o crescimento das exportações, destacando-se os grupos “Material de Transporte” (+3,3 p.p.), “Químicos” (+2,8 p.p.) e “Minérios e Metais” (+2,7 p.p.).
* Entre janeiro e maio de 2011, as exportações para o mercado comunitário cresceram, em termos homólogos, 18,4% e representaram 75,8% das exportações totais de mercadorias. As exportações para os países da UE - 15 registaram uma variação homóloga positiva de 18,5%, superior à das exportações para os países do Alargamento (13,7%). Espanha permanece como principal mercado de destino das exportações de mercadorias (25,9% do total das exportações de mercadorias). As exportações para a Alemanha e para a Espanha foram aquelas que mais contribuíram para o crescimento das exportações nestes cinco meses (3,5 p.p e 3,3 p.p., respetivamente). As exportações de mercadorias para França cresceram, em termos homólogos, 22,8%, contribuindo com 2,8 p.p. para o crescimento das exportações. As exportações para o Reino Unido cresceram, em termos homólogos, 8,1%.
* Nos primeiros cinco meses de 2011, as exportações para os Países Terceiros cresceram, em termos homólogos, 17%, evidenciando-se o comportamento positivo das exportações para a Argélia (+97,1%), China (+44,6%) e Brasil (+41,3%). Ao contrário do registado no último ano a terminar em maio, as exportações para Angola cresceram 7,4%, contribuindo positivamente para o crescimento das exportações (+0,4 p.p.).
* Entre janeiro e maio de 2011, as exportações de produtos industriais transformados registaram uma variação homóloga positiva de 17,5% relativamente a igual período do ano passado. As exportações de produtos de média intensidade tecnológica (alta + baixa) foram as que mais contribuíram para o crescimento das exportações deste tipo de produtos (11,4 p.p.).
* De acordo com os dados da Balança de Pagamentos divulgados para o mês de abril de 2011, as Exportações de Bens e Serviços registaram um crescimento homólogo positivo de 14,3% no primeiro quadrimestre de 2011. A componente de Bens continuou a cresceu a uma taxa superior à da dos Serviços (16,4% e 9,5%, respetivamente). A componente de Bens continua a ser a que mais contribui para o crescimento do total das Exportações (+11,5 p.p.). As Importações de Bens e Serviços cresceram a uma taxa inferior (7,7%), sendo também a componente de Bens (+7,5 p.p.) a que mais contribuiu para este comportamento.
Atividade Económica Extra-UE
Os indicadores referentes ao 2.º trimestre de 2011 sugerem um crescimento mais moderado da economia dos EUA; a continuação de um crescimento robusto da economia chinesa, e uma retração do Japão. Neste período, assistiu-se a uma desaceleração dos preços das matérias-primas, embora mantendo-se em alta, com maior impacto na subida da taxa de inflação das economias emergentes, nomeadamente da China.
Nos EUA, os dados disponíveis para o 2.º trimestre de 2011 indicam uma diminuição dos indicadores de confiança (especialmente acentuada para os serviços) e um abrandamento da atividade económica. Com efeito, neste trimestre e, em termos homólogos:
-- a produção industrial desacelerou para 3,9% (5,4% no 1.º trimestre);
-- as vendas a retalho abrandaram para 7,7% em termos nominais (8,2% no 1.º trimestre);
-- a taxa de desemprego subiu para 9,1% (8,9% no 1.º trimestre);
-- a taxa de inflação aumentou para 3,4% (2,1% no 1.º trimestre).
No conjunto dos meses de abril e maio de 2011 e em comparação homóloga, o consumo privado aumentou 2,3% em termos reais (2,7% no 1.º trimestre) e as exportações registaram um crescimento de 17% em termos nominais (16% no 1.º trimestre).
No 2.º trimestre de 2011, o PIB da China cresceu 9,5% (9,7% no 1.º trimestre), influenciado sobretudo pelo forte crescimento da procura interna, nomeadamente do investimento, dado que as exportações desaceleraram. A taxa de inflação homóloga aumentou para 5,7% (5,1% no 1.º trimestre) devido especialmente à aceleração dos preços dos produtos alimentares, contribuindo para uma nova subida, em junho, do coeficiente das reservas obrigatórias dos bancos em 50 p.b., situando-se em 21,5% para os de maior dimensão.Atividade Económica da UE
No 2.º trimestre de 2011, o indicador de sentimento económico diminuiu tanto na União Europeia (UE) como na área do euro (AE), devido principalmente ao agravamento do indicador de confiança dos empresários, da indústria transformadora, no caso da AE, e do comércio a retalho, no caso da UE.
No conjunto dos meses de abril e maio de 2011, os indicadores quantitativos disponíveis indicam um crescimento mais moderado da atividade económica da área do euro. Neste período e, em termos homólogos:
a produção industrial desacelerou para 4,6% (6,7% no 1.º trimestre);
as exportações aumentaram 17,2% em termos nominais (21,1% no 1º trimestre);
as vendas a retalho diminuíram 0,4% em termos reais, após terem registado um crescimento nulo no 1.º trimestre.
Em maio de 2011, a taxa de desemprego estabilizou tanto na AE como na UE, situando-se em 9,9% e em 9,3%, respetivamente.
Em junho de 2011, as expectativas dos empresários da área do euro quanto à criação de emprego pioraram para os sectores da indústria transformadora e dos serviços, embora tenham melhorado para a construção e para o comércio a retalho.
Em junho de 2011, a taxa de inflação homóloga da área do euro manteve-se em 2,7%; no entanto, excluindo os produtos energéticos e alimentares não transformados, a taxa subiu para 1,8% (1,7% em maio). A estabilização do total da taxa de inflação homóloga refletiu uma ligeira desaceleração do preço dos bens alimentares não transformados para 2% (2,4% em maio) em oposição à subida do preço dos serviços para 2% (1,8% em maio).
Em termos de variação dos últimos 12 meses, a taxa de inflação total da área do euro aumentou para 2,3% em junho (2,2% em maio).
Mercados Financeiros e Matérias-Primas
No dia 7 de julho de 2011, o Conselho do Banco Central Europeu decidiu aumentar a taxa diretora para 1,5% (1,25%, desde 7 de abril). Em julho e até ao dia 20, as taxas de juro de curto prazo prosseguiram o movimento ascendente na área do euro, situando-se em 1,59% (1,49%, em média, em junho); enquanto nos EUA diminuíram para 0,24% (0,25%, em média, em junho).
Em junho, verificou-se uma ligeira subida das taxas de juro de longo prazo na área do euro, enquanto nos EUA se assistiu a uma redução significativa, pelo 2.º mês consecutivo. Neste período, é de salientar o aumento da incerteza em torno do ritmo de retoma económica dos EUA e, por outro lado, o recrudescimento de tensões nos mercados financeiros da área do euro relacionadas com o risco de dívida soberana da Grécia e os receios de contágio para outros países da AE.
Após uma ligeira apreciação do euro face ao dólar em junho, este tem vindo a registar uma depreciação no decurso do mês de julho, onde atingiu no dia 12 (1,40) o valor mais baixo desde meados de março. Para esta evolução tem contribuído a incerteza associada à aprovação de um novo programa de ajuda financeira à Grécia.
Em junho de 2011, o índice de preços relativo do petróleo importado desceu para 77,1 (por memória atingiu o valor de 100 durante a crise petrolífera de 1979). Em julho, e até dia 20, o preço do petróleo Brent subiu ligeiramente para se situar, em média, em 116 USD/bbl (82 €/bbl), invertendo a tendência descendente registada nos últimos 2 meses.
No 2.º trimestre de 2011, o preço das matérias-primas não energéticas desacelerou, tendo aumentado 28% em termos homólogos (33% no 1.º trimestre), devido sobretudo à desaceleração dos preços dos metais, dos produtos industriais e agrícolas.
Atividade Económica e Oferta
No 2.º trimestre de 2011, o indicador de clima económico continuou a trajetória descendente iniciada na 2.ª metade do ano anterior. Também o Indicador da Atividade Económica registou, no trimestre terminado em maio, um ligeiro abrandamento face ao 1.º trimestre, mas abrandando o ritmo de desaceleração que se vinha registando nos últimos trimestres.
Os dados quantitativos disponíveis para trimestre terminado em maio mostram que, em termos médios homólogos:
na indústria transformadora, o índice de produção teve um crescimento nulo e o índice de volume de negócios desacelerou para 7,9% (0,5% e 10,1% no 1.º trimestre, respetivamente);
o índice de produção na construção e obras públicas agravou a quebra para 10,4% (-6,9% no 1.º trimestre de 2011);
os índices de volume de negócios nos serviços e comércio a retalho apresentaram quebras de 4,6% e 5,6%, respetivamente, o que corresponde a um agravamento de 1,2 e 0,8 p.p., respetivamente, face ao trimestre anterior.
No 2.º trimestre, registou-se um agravamento dos indicadores de confiança em todos os sectores, com o comércio a registar a quebra mais significativa e a construção a atingir um novo mínimo desde 1997.
Consumo Privado
No trimestre terminado em maio no índice de volume de negócios no comércio a retalho (IVNCR) verificou-se uma redução de 6,7% em termos homólogos, uma quebra 1,4 p.p. superior à registada em abril. Para esta evolução contribuiu o agravar da redução na categoria dos bens alimentares e dos não alimentares que apresentaram decréscimos de -1,4% (0,8 p.p. superior ao de abril) e -11,6% (2,1 p.p. superior ao de abril), respetivamente
Em junho verificou-se uma melhoria na confiança quer dos empresários do comércio a retalho quer no sentimento dos empresários relativos à procura interna por bens de consumo produzidos pela indústria. No entanto, considerando os últimos 3 meses constata-se que no segundo trimestre se verificou uma forte quebra na confiança do comércio a retalho e uma quebra no sentimento dos empresários relativos à procura interna por bens de consumo produzidos pela indústria face ao 1.º trimestre.
No que se refere aos consumidores observou-se em junho uma estabilização no índice de confiança dos mesmos. No cômputo do segundo trimestre verificou-se, contudo, uma quebra face ao 1.º trimestre
No mês de junho as vendas de veículos totalizaram aproximadamente os 17 mil veículos, correspondendo a uma quebra de 34,1% em termos homólogos, um agravar de 10,6 p.p. face a maio. Esta é a quebra mais acentuada desde abril de 2009. Dever-se-á salientar, no entanto, que esta evolução deriva também do efeito base, já que as vendas de automóveis foram particularmente fortes em junho de 2010 em grande parte devido ao aumento da taxa de IVA previsto em julho de 2010
Investimento
Os dados disponíveis para o 2.º trimestre de 2011 apontam para um agravamento do comportamento do investimento, em resultado de uma deterioração da evolução de todas as suas componentes. As vendas de cimento e de automóveis ligeiros agravaram-se de forma significativa, tal como o indicador de investimento em máquinas e equipamentos. Os dados do indicador de FBCF, disponíveis até maio, mostram uma quebra acentuada face ao 1.º trimestre (8,5% face a 4,2%).
No 2.º trimestre de 2011, os dados disponíveis mostram que:
as vendas de cimento acentuaram a quebra para 16,3% (-6,1% no 1.º trimestre);
as vendas de veículos comerciais ligeiros apresentaram uma quebra de 28,3% (-12,6% no 1.º trimestre);
as opiniões dos empresários sobre a evolução das vendas de bens de investimento no comércio por grosso, acentuaram a trajetória descendente que têm vindo a registar.
No trimestre terminado em maio, as licenças de construção de fogos continuaram a apresentar um perfil descendente com uma quebra de 37,1% face a -25,1% no 1.º trimestre. Já o índice de volume de negócios na indústria de bens de investimento para o mercado nacional e as importações de bens de capital, exceto material de transporte registaram um abrandamento das suas quebras, tendo registado contrações de 4,3% e 4,2%, respetivamente, face a -5,2% e -4,9% no 1.º trimestre de 2011. Também a produção industrial de bens de investimento recuperou face ao 1.º trimestre (-1,1% face a - 2,6%), mas já o índice de novas encomendas de bens de investimento para o mercado nacional caiu para 5,3%, mais 1,4 p.p. do que no 1.º trimestre.
Contas Externas
Em termos médios, nos meses de abril e maio, os dados relativos ao comércio internacional de bens, mostram que os fluxos de comércio internacional aceleraram face ao 1.º trimestre. As exportações registaram um crescimento nominal elevado de 18,4% (17% no 1.º trimestre), embora tenham acelerado menos do que as importações (12,2% face a 8,8% no 1.º trimestre).
Verificou-se, em ambos os casos, um crescimento significativo da componente extracomunitária que, no caso das importações, acelerou para 37,4% e nas exportações para 22,5% (face a 7,7% e 10,1%, no 1.º trimestre, para as importações e exportações, respetivamente).
No trimestre terminado em maio, e apesar de continuarem a registar crescimentos elevados, as novas encomendas à indústria do mercado externo continuam a desaceleração iniciada no início do ano (23% face a 30,6% no 1.º trimestre). Já as opiniões sobre a procura externa na indústria recuperaram, no 2.º trimestre, face ao trimestre anterior.
Até maio de 2011, o défice acumulado da balança corrente foi de 5 535 milhões de euros, o que representa uma redução de 1 792 milhões de euros em termos homólogos. Este resultado traduz uma melhoria em todos os saldos, incluindo na balança de bens e serviços cujo défice se reduz 808 milhões de euros.
Também o défice da balança corrente e de capital apresentou uma redução de 1 833 milhões de euros, o que se traduz numa diminuição das necessidades de financiamento externo face a igual período do ano anterior.
Mercado de Trabalho
De acordo com os dados do IEFP os desempregados registados no final do 2.º trimestre totalizavam 518 mil, traduzindo um decréscimo de 6% face ao trimestre homólogo, e uma melhoria de 2,5 p.p. em relação ao trimestre precedente. Observou-se igualmente uma redução 0,4 p.p. superior à registada em maio de 2011.
Em valores absolutos verificou-se assim uma redução de 33,2 mil desempregados face ao 2.º trimestre de 2010 e ao 1.º trimestre de 2011, e de 11,9 mil em relação a maio de 2011.
O número de desempregados inscritos mensalmente aumentou 4,7% em junho, com mais 2,2 mil pessoas a inscreverem-se como desempregados nos centros de emprego que em igual mês do ano anterior. Considerando o trimestre constata-se que no 2.º trimestre se verificou uma redução homóloga de 2,2% nos desempregados inscritos no decurso do mesmo, um abrandamento de 8,8 p.p. face à redução verificada no 1.º trimestre.
Nas ofertas de emprego observou-se uma redução de 19,7% em junho, 3,3 p.p. melhor que o registado em maio. Assim sendo, no 2.º trimestre registou-se uma quebra de 23,8% nas ofertas de emprego, um agravar de 13,5 p.p. face ao 1.º trimestre. Nas colocações verificou-se em junho um decréscimo de 8,6 %, melhoria de 6,5 p.p. face a maio levando a que o rácio das colocações sobre as ofertas subisse para os 62%.
Foram cerca de 537 mil o número de trabalhadores abrangidos por instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho (IRCT) até final de junho, menos 54,3% que em igual período do ano anterior
As remunerações implícitas nos instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho registaram até ao final de junho um crescimento homólogo de 2,0%, mantendo o observado em maio .
Preços
O Índice de Preços no Consumidor (IPC) apresentou em junho uma taxa de variação homóloga de 3,4%, o valor mais baixo este ano, 0,4 p.p. inferior à do mês anterior. Foi o segundo mês de abrandamento na subida dos preços, traduzindo-se numa variação média dos últimos 12 meses do IPC de 2,9% neste mês, apenas 0,1 p.p. acima do valor verificado no final de maio
Os transportes e a habitação, água e eletricidade, categorias onde se verifica um forte impacto do preço dos produtos energéticos que registaram um aumento de 10,9%, foram as que mais contribuíram para a subida no IPC, com aumentos de 8,7% e 5,3%, respetivamente.
Os produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, as bebidas alcoólicas e tabaco e a saúde foram outras categorias com impacto relevante na evolução dos preços, com aumentos de preços de 1,7%, 9,7% e 2,6%, respetivamente. A única categoria a apresentar uma contribuição negativa para o aumento do IPC foi novamente o calçado e vestuário, com uma redução de 2,6% dos preços em termos homólogos.
Os preços dos bens abrandaram consideravelmente, com um crescimento de 3,9%, menos 0,7 p.p. que no mês anterior, enquanto o aumento dos preços nos serviços estabilizou nos 2,7%. O diferencial entre ambos baixou 0,6 p.p. para os 1,3 p.p..
Em junho a inflação subjacente (IPC excluindo bens alimentares não transformados e energéticos) diminuiu 0,2 p.p. para os 2,3%, diminuindo em 0,2 p.p. o diferencial face ao IPC total para 1,1 p.p..
No Índice de Preços na Produção Industrial observou-se em junho um abrandamento de 0,2 p.p. com um crescimento homólogo dos preços de 5,8%. A variação média dos últimos 12 meses subiu 0,1 p.p. para os 5,3%.
Os agrupamentos industriais dos produtos intermédios e na energia foram onde se verificaram os maiores aumentos, com crescimentos de 5,4% e 11,3%, respetivamente. Por secções os as maiores subidas registam-se na Eletricidade, Gás, Vapor, Água Quente e Ar Frio e nas Indústrias Transformadoras, 7,3% e 5,6%, respetivamente.
A variação homóloga do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor em junho foi de 3,3%, 0,4 p.p. menor que em maio, no mês de maio, enquanto a variação homóloga na área euro se manteve estável nos 2,7%, reduzindo-se assim em 0,4 p.p. o diferencial verificado em maio.
Finanças Públicas – Estado
Até junho, o valor provisório para o défice global do Estado, na ótica da contabilidade pública, foi de 6151,5 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 1626,3 milhões de euros face ao mesmo período de 2010. O défice primário foi de 3149,8 milhões de euros, menos 1647,4 milhões de euros do que o registado no mesmo período de 2010.
A execução orçamental do Estado, face ao período homólogo de 2010, caracterizou-se por:
um aumento da receita fiscal em 5,3%, justificado pelo acréscimo de 7,4% na receita dos impostos indiretos e de 1,9% dos impostos diretos. Nos impostos indiretos, esta variação é o resultado do crescimento da receita do IVA em 14%, refletindo a subida das taxas em 1 p.p. em julho de 2010 e da taxa normal em 2 p.p. em janeiro de 2011, enquanto que nos impostos diretos, o principal contributo é dado pela receita do IRS, que aumentou 2,8%, influenciado pela redução nos benefícios e dedu-ções fiscais cujo impacto se repercutiu na atualização dos escalões da tabela de retenções na fonte. A receita não fiscal registou um crescimento de 1,1%, justificada, principalmente, pelo recebimento da contribuição sobre o sector bancário (147,6 milhões de euros) contabilizada nas outras receitas corrente e pelo aumento das com-participações para a ADSE e das outras receitas de capital, em resultado dos contratos de adjudicação de painéis solares fotovoltaicos; e
um decréscimo da despesa total em 3,4% e da despesa primária em 4,0%. Para este efeito contribuíram a dimi-nuição das transferências correntes (-7,7%, consequên-cia da diminuição da transferência para Segurança Social, para o SNS e Administração Local), das despe-sas com pessoal (-8,0% ou -4,3% expurgando o efeito da alteração metodológica1 refletindo, sobretudo, o compor-tamento das remunerações certas e permanentes), e, em menor grau, dos subsídios (-42,0%, justificada pela redução dos montantes de bonificação de juros à aquisição de habitação própria, bem como o efeito base associado aos encargos com os apoios à instalação de painéis solares verificados em 2010). Em sentido contrário, constata-se um aumento na rubrica aquisição de bens e serviços (43,8%), determinada pela alteração metodológica do registo da despesa final da ADSE e, em menor grau, pelo pagamento de trabalhos especializados no âmbito da Lei de Programação Militar. De igual modo, as outras transferências de capital aumentaram devido à regularização das responsabilidades do Estado a concessionárias de infraestruturas rodoviárias no montante de 590,3 milhões de euros.
Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações
Até junho, o excedente da execução orçamental da Segurança Social, na ótica da contabilidade pública, foi de 1081,1 milhões de euros, o que representa um aumento de 132,9 milhões de euros face ao mesmo período de 2010.
A execução orçamental da Segurança Social, face a 2010, caracterizou-se por:
um crescimento da receita corrente (1,6%) como resultado dos efeitos contrários de aumento nas transferências do Fundo Social Europeu (186,7%), contribuições e quotizações (2,4%) e outras receitas correntes (13,2%) e de reduções nas transferências correntes da Administração Central no âmbito do financiamento da Lei de bases da Segurança Social (-12,7%); e
um aumento da despesa corrente em 0,3%, refletindo a subida das despesas com ações de formação profissional com suporte no Fundo Social Europeu (40,9%), das pensões (2,9%), das outras prestações (4,6%) e do subsídio por doença (7,4%) e a descida do subsídio familiar a criança e jovens (-31,3%), do subsídio de desemprego e apoio ao emprego (-9,3%), do rendimento social de inserção (-26,3%). Em sentido contrário, registaram-se decréscimos, fundamen-talmente, no subsídio familiar a criança e jovens (-31,6%), do subsídio de desemprego e apoio ao emprego (-10,7%), do rendimento social de inserção (-26,0%). Relativamente ao número de beneficiários, evidencia-se um acréscimo de 2,2% nas pensões de velhice da SS e de 3,3% no subsídio de doença e uma diminuição de 19,2% nos subsídios de desemprego e social de desemprego.
Até junho, o saldo da Caixa Geral de Aposentações (CGA), em contabilidade pública, foi de 453,9 milhões de euros, mais 392,8 milhões de euros face ao período homólogo. A receita total aumentou 17,9%, refletindo, fundamentalmente, a cedência de um crédito da CGA sobre a PT Comunicações, S.A., no âmbito da assunção de responsabilidades com as pensões e outros abonos dos trabalhadores da PT e o aumento das contribuições. A despesa total aumentou 7,4%, como resultado, principalmente, do aumento da despesa em pensões (3,5%).
Exportações de Mercadorias
Nos cinco primeiros meses de 2011, as exportações de mercadorias cresceram 18% em termos homólogos. Excluindo os produtos energéticos, essa variação foi de 18,8%.
Entre janeiro e maio de 2011, os grupos de produtos que mais contribuíram para o crescimento das exportações de mercadorias foram os grupos de “Material de Transporte” (+3,8 p.p.), “Químicos” (+3,4 p.p.) e “Minérios e Metais” (+3,1 p.p.).
As “Máquinas” continuam a ser o grupo de produtos com maior peso na estrutura das exportações de mercadorias (14,4%). De destacar, ainda, a importância relativa das exportações de “Material de Transporte” (13,4% das exportações de mercadorias totais).
Entre janeiro e maio de 2011, as exportações para a UE cresceram 18,4%. As exportações com destino aos países da UE-15 cresceram 18,5% e para os Países do Alargamento, 13,7%. Por outro lado, as exportações para países terceiros cresceram a uma taxa inferior (17%)
As exportações de mercadorias para a UE foram as que mais contribuíram mais para o crescimento do total das exportações (+13,9 p.p.). O contributo das exportações para os países terceiros foi de 4,2 p.p.
As exportações de mercadorias com destino à Alemanha e à Espanha foram as que mais contribuíram para o crescimento das exportações
As exportações de mercadorias para a França e para o Reino Unido registaram crescimentos homólogos de 22,8% e 8,1%, respetivamente.
No último ano a terminar em maio de 2011, as exportações para os países Intra UE cresceram 16,6%. As exportações para os países da UE-15 registaram uma taxa de crescimento homólogo de 16,5%. As exportações com destino à Espanha (+3,1 p.p.) e à Alemanha (3 p.p) foram as que mais contribuíram para o crescimento das exportações.
Entre os países terceiros, destaca-se o comportamento positivo das exportações para a Argélia (+62,3%), México (+52,2%) e China (+39,6%). Angola mantém-se como mercado de destino responsável pela única contribuição negativa (-0,3 p.p.) de entre os mercados selecionados.
Importações de Mercadorias
Nos primeiros cinco meses de 2011, as importações de mercadorias registaram uma variação homóloga positiva de 10,6% relativamente a igual período no ano transato (Quadro 3.6).
As importações de produtos “Energéticos” (+4,9 p.p.), “Agro alimentares” (+2,3 p.p.) e Químicos” (+2,1 p.p.) foram as que mais contribuíram para o crescimento das importações. As importações de “Energéticos”, “Agroalimentares” e ”Minérios e Metais” foram as que registaram maiores crescimentos homólogos (33,3%, 16,7% e 14%, respetivamente).
No último ano a terminar em maio de 2011, as importações cresceram 10,8%. De destacar os “Produtos Energéticos” (+3,8 p.p.) e “Material de Transporte” (+2,27 p.p.) como aqueles grupos de produtos que mais contribuíram para o crescimento das importações.
A UE-27 mantém a sua posição como principal mercado de origem das importações, tendo representado 73,2% das importações de mercadorias entre janeiro e maio de 2011.
A Espanha continua a ser o principal mercado de origem das importações de mercadorias (31% do total).
Entre janeiro e maio de 2011, as importações de mercadorias provenientes do mercado comunitário cresceram, em termos homólogos, 7,3%, sendo que provenientes dos países da UE-15 aumentaram 6,9% e as provenientes dos países do Alargamento 17,9%. As importações de mercadorias provenientes da Espanha e da Alemanha foram as que mais contribuíram para o aumento das importações (+3,3 p.p. e 2,2 p.p., respetivamente).
As importações de mercadorias provenientes de países terceiros cresceram 20,7% em termos homólogos. Destacam-se as importações provenientes da Nigéria, do Brasil e da China, que representaram 3%, 2,5% e 2,5%, respetivamente, do total das importações de mercadorias. Neste período, as importações de mercadorias provenientes da Rússia (+166,7%), do Cazaquistão (+53,1%) e da Arábia Saudita (+51,3%) foram as que registaram maior crescimento homólogo.
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